A 5 anos em busca da recuperação de um dependente quimico

A 5 ANOS EM BUSCA DA RECUPERAÇÃO DE UM DEPENDENTE QUIMICO

sexta-feira, 29 de março de 2013



                             



Mais um dia viva, em meio a tanta desilusão.

Hoje passei uma noite péssima  muito mal dormida, alias, meus dias tem sido assim maus.
 Não consigo ficar um dia sem ir la ver meu adicto.
 A necessidade de vê lo todos os dias fala mais auto dentro de mim.
 Eu sei que eu deveria conter essa ansiedade e não ir, mais talvez eu não queira mesmo.
 Hoje os sentimentos dentro de mim estão tão confusos que eu ja não tenho mais expectativas de nada pra mim.
 A situação aqui em casa é cada vez mais difícil.
 Me sinto um peixe fora d água.
 Essa semana meu coração esta cheio de magoas e recendimentos  estou muito rebelde, a ponto de mandar todo mundo ir pra PQP.
 Minha psicóloga me sugeriu que eu não tome nenhuma decisão essa semana, enquanto estou nessa rebeldia.
 Então estou tentando terminar a semana em paz, mais esta difícil  sabendo que minha mãe fala mal de mim o tempo todo pelas costas.
 Hoje minha irmã nos convidou para um almoço na casa dela, eu disse que não irei.
 Porra, nunca me convidavam pra nada, agora que me separei querem puxar o saco.
 Não sei se estou certa ou errada, mais essa situação toda me causa muita revolta.

sábado, 23 de março de 2013

     
         
                 
          Sozinha....

 É muito doloroso quando vc precisa contar com alguém em alguns momentos e descobre que está sozinho.

 Realmente não estou superando minha separação.
 Essa semana eu chamei minha mãe pra conversar, e ela disse: não quero saber, ja tenho problemas de mais.
 Onde ja se viu falar assim a uma filha angustiada.
 Eu sinto muito pela minha família ser assim comigo.
 Minha mãe não sabe que tenho depressão, alguns probleminhas psicológicos, ela não sabe que sou bi-polar, poxa vida ela não sabe nada de mim.
 Não sei o que fazer , não sei o que faço, não sei que rumo tomo.
 Tantas incertezas!
 O julgo das pessoas esta sendo enorme, mais ninguém esta dentro da minha alma pra sentir o que eu sinto.
 Essa semana fui a uma assistente social aqui do município pedir ajuda, acreditam que ela teve a falta de ética profissional e foi até a minha irmã e contou tudo a ela o que eu falei.
 Agora meu coração esta muito mais cheio de tristezas e pra piorar com magoa.
 E ainda estou com vontade de ir embora dessa cidade, mais não sei se é a solução.
 Muitas coisas na cabeça.
 Ainda com essa onda de recaídas que esta acontecendo por aí, fico mais incerta ainda.
 Tenho medo de voltar com ele e depois de 4 ou 5 meses ele recair.
 E não adianta falarem que tenho que analisar onde esta meu amor de mãe, que minha filha não esta nem ai pra mim, e pra minha vida.
 Ela esta na boa, meus pais fazem o que ela quer, até concordaram dela dormir fora aos sábado a noite, o que ela quer mais.
 Acho que tenho que cuidar da minha vida é isso que tenho que fazer.

terça-feira, 19 de março de 2013


                  
   




Como surge a co-dependência? 

Quais são as suas causas?

 Bem, ela surge da nossa história de vida.
Alguém importante para nós nos rejeitou, abandonou-nos, gerando uma dor e um vazio imenso. Esse abandono e essa dor irão fazer com que passemos a acreditar que nós não somos bons, não somos dignos de ser amados. Que dentro da gente só existe essa dor e mais nada de bom. E que a chave para a felicidade, para as coisas boas da vida não está em nós. Com quem então está essa chave?
 Passamos a acreditar que a chave está com os outros. É, então, que passamos a buscar no outro a felicidade que não encontramos na gente mesmo.
 Passamos a buscar no outro o amor que não tivemos; a aceitação que não tivemos; a aprovação que não tivemos. Passamos a ficar dependentes do outro. Do seu amor, da sua aceitação, da sua aprovação. Só nos sentiremos bem, só nos sentiremos amados, aceitos e aprovados se o outro nos amar, aceitar e aprovar. Passamos a precisar do outro. O outro passa a ser a nossa vida. A nossa salvação.
  É quando, então, começamos a fazer de tudo para conseguir o amor, a aceitação e a aprovação do outro. Começamos a cuidar do outro, preocupar-nos com o outro, viver a vida do outro, pelo outro, assumir responsabilidades pelo outro. E esquecemos de tomar conrta da nossa vida, preocupar-nos conosco, assumir nossas responsabilidades, salvar-nos. Tudo isso para nos sentirmos aceitos, amados e aprovados pelo outro. Nossa vida passa a ser o outro e não a gente mesmo. Perdemos o contato conosco, com a nossa vida, nossas emoções, sentimentos, pensamentos e objetivos. Passamos a viver a vida do outro, pensamentos sentimentos e objetivos do outro. e a nossa vida vira um caos.
 Ficamos angustiados, deprimidos, revoltados, infelizes, tristes. E não conseguimos, dessa forma, o amor, a aceitação e aprovação que precisamos. E com a agravante que nossa vida vira de cabeça para baixo em função de não estarmos cuidando dela. O que fazer então? Como mudar esse quadro? O primeiro passo é assumir a responsabilidade pela nossa vida. Passamos a tomar conta de nós mesmos. Deixar que o outro cuide de si, tome conta de si, assuma suas responsabilidades. Desligar-nos do outro e nos ligar  a nós mesmos, á nossa vida. É passarmos a identificar, reconhecer a aceitar nossos desejos e necessidades. Perceber que nossos desejos e necessidades falam de nós, e realizá-los é cuidar da gente com carinho e aceitação.
 É percebermos que todos nós "precisamos" das pessoas. Mas esse precisar não é fazer do outro a nossa vida, o ar que respiramos. è ver que temos vida própria, desejos, necessidades, sentimentos,  emoções e compartilhá-los com o outro. E não tomar do outro o que é do outro, nem deixar que tomem da gente o que é da gente. Melhor seria trocar com o outro.
 É pararmos de reagir a qualquer sentimento, pensamento e atitude do outro, ou a qualquer fato ou acontecimento da vida. É sentir que o mais importante é agirmos dentro do melhor que pudermos fazer, naquele momento, naquela circunstancia, e dentro do que é melhor para nós, e também para o outro: por que não?
 É pararmos de tentar controlar os outros, os fatos e a vida. É percebermos que isso é algo impossível de se conseguir. E que além de não conseguirmos, isso exigirá de nós esforço e um desgaste de energia tal, que não compensará qualquer ganho nesse os fatos não e sentido. É percebermos que não adianta fazer-nos de vitima, que as pessoas, a vida e os fatos não mudarão por causa disso. Que não adianta tomarmos conta das pessoas, dalvá-las e assumirmos suas responsabilidades, que elas não nos reconhecerão por isso. E se reconhecerem n´so não nos sentiremos bem por termos deixado de cuidar de nós mesmos. e que não adianta ficar com raiva das pessoas por não nos reconhecerem e por termos deixado de cuidar, por que só ganharemos com isso...desafetos.
 è não achar que cuidamos da gente é sermos egoístas. Que nos colocar em 1º lugar é algo fora de questão. É não achar que só teremos valor se fizermos algo pelo outro. Se tomamos conta do outro, cuidarmos do outro. E que podemos e devemos dizer não, todas as vezes que julgamos conveniente e necessário.
 è percebemos que somos pessoas como quaisquer outras. Que somos dignos de respeito, carinho e amor como todo mundo. Que sentirmos e pensamos da forma que deve ser, que não há nada de errado nisso. E que seremos respeitados e aceitos da mesma forma quando nos expressarmos. Que falar claro e abertamente não é difícil. Na verdade, é fácil. É só começar.
Que por medo de sermos rejeitos, evitamos a intimidade com o outro. E evitando a intimidade, evitamos o contato. Evitando o contado, ficamos infelizes.
Se ficamos infelizes, buscamos o outro para nos trazer felicidade, mas através de relações superficiais. Como o outro não é capaz disso, nem deveria, culpamo-lo por isso. Ele não correspondeu á nossa expectativa  E a relação se perde. E também a expressão física do amor que achávamos que tínhamos.
 Bem, são várias e várias coisas que podemos fazer para mudar o quadro das nossas vidas. Vai depender do que precisamos, do momento que vivemos, de com quem vivemos. Mas, certamente, uma coisa será necessária: deixar de tomar conta do outro, cuidar do outro e passar a tomar conta da gente. E para começar, só precisamos de uma coisa: começar, começar de novo, devagar. Sem saber direito onde e em quê mexer. Não importa. Se erramos, podemos consertar. Se estivermos devagar, podemos acelerar. Se não soubermos onde nem em que mexer, com a prática, certamente, aprenderemos a faze-lo. O certo é que nós merecemos e podemos ser felizes. Para isso só falta...começar.


sábado, 16 de março de 2013



        O que é desligamento?

 O desligamento é o ato de nos desprender ou nos desconectar de outra pessoa, grupo de pessoas ou situação.

 O desligamento permite-nos emocionalmente e/ou fisicamente nos separar de pessoas, eventos e lugares, a fim de ganhar um ponto de vista objetivo e saudável  Se não gostamos do comportamento dos outros, podemos nos desligar, reconhecendo que somos entidades separadas deles, com a nossa própria identidade e um conjunto saudável de limites.
 Esforçamo-nos para nos desligar com amor e respeito, por nós mesmos e pelos outros, especialmente quando nos desligamos da família ou de amigos.
 Pedimos a Deus para nos ajudar a nos concentrar em manter nossos limites. Embora nos importemos, lembremo-nos que não somos responsáveis pelo comportamento de outras pessoas, nem elas são responsáveis pelo nosso bem estar.

        




Somos conscientes que o Autoconhecimento é um assunto muito sério e por sua vez pessoal. Esperamos que estas perguntas possam ser-lhe úteis…
  • Você se sente responsável por outra pessoa? Pelos seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?
  • Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?
  • Você se flagra constantemente dizendo “sim” quando quer dizer “não”?
  • Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?
  • Você vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de errar?
  • Você vive buscando desesperadamente amor e aprovação? Você se sente inadequado?
  • Você tolera abuso para não perder o amor de outras pessoas?
  • Você sente vergonha da sua própria vida?
  • Você tem a tendência de repetir relacionamentos destrutivos?
  • Você se sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?
  • Você tem medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?
  • Você acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?
  • O que você sente sobre mudar o seu comportamento? O que te impede de mudar?
  • Você ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?
  • Você vive ajudando as pessoas a viver? Acredita que elas não sabem viver sem você?
  • Tenta controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos, assegurando assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?
  • Você procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a realidade?
  • Você sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos outros?
  • Você tem dificuldade de identificar o que sente? Tem medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e vergonha
                       

               
                             


Enfim chega ao final

 A 11 dias da minha separação, minha cabeça ainda esta a mil.
 Resolvi me retirar um pouco do foco de pessoas que estavam a minha volta, palpitando, aconselhando e dizendo o que eu deveria fazer da minha vida.
 Fiquei um tempo distante do blog, pois achei que de alguma forma minha vida talvez estivesse muito esposta.
 Mais hoje resolvi recupera-lo e continuar as publicações.
 Nesse meio tempo me apareceram algumas pessoas querendo minha ajuda, e eu me perguntei:
 Meu Deus não sei cuidar nem de mim, quanto mais cuidar dos outros.
 Mais sei que de alguma forma fui escolhida para essa missão.
 Só não encontrei ainda a forma certa.
 Engraçado que mesmo que eu não consiga agir de alguma forma que seja correta, consigo passar pras pessoas que me procuram coisas boas.
 E isso tem sido muito bom pra mim, pq vejo que realmente de alguma forma era pra ser isso na minha vida.
 Ainda estou um tanto sofrendo com a separação, ainda não consegui falar pro meu adicto que não tem mais possibilidades de nós voltarmos a ficar juntos.
 Mais sei que logo vou conseguir falar e tomar as decisões certas.
 Infelizmente nesses últimos dias percebi o quanto estou doente, e o quanto as pessoas que nunca viveram a co, não intendem como é passar por isso.
 Por que será que é tão difícil as pessoas intenderem que estamos doentes tbm né?
 Daqui pra frente farei um levantamento de tudo que eu achar sobre codependencia e falarei muito mais a respeito do assunto, para que talvez alguém possa realmente estar a par dessa doença que é tão assustadora quanto a dependência química.
 É isso ai acho que é o primeiro passo para começar de alguma forma a ajudar alguém.
 Muita paz e serenidade a todos e feliz 24 horas!